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Título:
As Reformas do Ensino Profissionalizante de 1996 a 2006
na Escola Agrotécnica Federal do Crato - CE: Acomodação
à Legislação ou Consciência da Prática?
Resumo: A Dissertação
apresenta resultados de uma pesquisa que teve como objetivo investigar
como foram implantadas – no âmbito da Escola Agrotécnica
Federal de Crato-CE – as reformas do ensino profissionalizante ocorridas
no período de 1996 a 2006, buscando detectar o que as fundamentou:
a prática consciente movida pela apropriação conceitual
ou simplesmente acomodação à legislação.
No referencial teórico destacamos o histórico da educação
profissional no Brasil, do período colonial aos dias atuais, dando
ênfase às reformas ocorridas no período em estudo,
à dualidade predominante em todos os momentos da história
da educação brasileira e à imposição
das políticas para a educação profissional. Os instrumentos
de pesquisa utilizados foram questionários aplicados aos docentes
e equipe pedagógica, e análise documental dos planos didáticos
do Curso Técnico em Agropecuária. A partir da análise
dos dados comprovou-se que as reformas curriculares realizadas na instituição
pesquisada ocorreram, predominantemente, com fundamento na obediência
à legislação, em detrimento da apropriação
conceitual pelos docentes e equipe pedagógica responsável
pelas mudanças e, por esse motivo, nunca atingiram plenamente seus
objetivos. Tomando como referência tal constatação
concluí-se que qualquer reforma educacional, para obter êxito,
deva ser antecedida de ampla discussão com os envolvidos no processo,
a fim de que seus propósitos fiquem claros e não se constitua,
somente, em mais uma imposição legal. Acredita-se que para
se chegar à almejada escola unitária, de formação
geral, que requer educadores conscientes formadores de homens/trabalhadores
livres é preciso, primeiramente, informar e conscientizar os docentes
da importância social e política dessa escola. Indo mais
além, é necessário conscientizar a sociedade, para
que possa, de forma ativa e organizada, exigir uma escola única
para todos, como elemento constitutivo de uma sociedade mais justa e igualitária. |
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