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Título:
Avaliação do estado nutricional e freqüência
do consumo de alimentos em crianças de 4 a 6 anos: o caso da Escola
Municipal São Judas Tadeu – Uberaba/MG.
Resumo: Através de uma dieta
adequada em quantidade e qualidade o organismo adquire a energia e os
nutrientes necessários para um bom desempenho das funções
e para a manutenção de um bom estado de saúde. Desta
forma, este trabalho teve como objetivo avaliar o estado nutricional e
a freqüência de consumo de alimentos de 219 préescolares
da Escola Municipal São Judas Tadeu, Uberaba – MG, caracterizando
suas famílias de acordo com os critérios socioeconômicos
e demográficos. As características socioeconômicas
das famílias das 219 crianças foram obtidas através
de um questionário, que foi preenchido pelos pais ou responsáveis.
O perfil nutricional foi avaliado por meio dos indicadores antropométricos,
onde se considerou déficit nutricional os valores abaixo de -2
escore z da mediana da referência do National Center for Health
Statistics (NCHS) para os índices peso para idade (P/I), altura
para idade (A/I) e peso para altura (P/A). Foram classificadas como portadoras
de sobrepeso as crianças com índice peso/altura (P/A) entre
+1 e +2 escores z e, como obesas, aquelas com peso/altura acima de +2
escores z. Para identificar o hábito de consumo alimentar, utilizou-se
o questionário de freqüência alimentar e para verificar
a associação entre a freqüência de consumo de
alimentos e o sexo das crianças empregou-se o teste de quiquadrado
(÷2). Dentre os principais resultados, verificou-se que, em relação
às características socioeconômicas, 34,6% dos responsáveis
pela criança, com ensino médio completo, 72,2% tinham entre
25 a 39 anos, 47,4% das famílias possuíam renda familiar
de 2 a 5 salários mínimos. Observou-se que, 100,0% das famílias
contavam com água canalizada e 98,5% dispunham de esgoto canalizado
e serviço de coleta de lixo e, 100,0% das residências possuíam
rede elétrica. A análise dos dados com o sistema do escore
Z mostrou que, 6,8% dos pré-escolares apresentaram déficit
de altura para idade. A prevalência da baixa altura foi maior nos
pré-escolares do sexo masculino do que nos de sexo feminino. O
déficit no índice A/I indica uma inadequação
cumulativa e prolongada da situação de saúde, nutricional
ou de ambas. Para as categorias nutricionais de sobrepeso e obesidade,
considerando-se o índice de peso para altura (P/A), encontrou-se
13,7% e 13,3% respectivamente, sendo a maior prevalência encontrada
entre os pré-escolares do sexo feminino. No que se refere à
freqüência de consumo alimentar, observou-se que os alimentos
consumidos por mais de 50,0% dos pré-escolares, no geral, foram:
arroz (93,2%), sal (88,7%), feijão (88,0%), leite integral (78,9%),
pão (75,9%), óleo vegetal (71,4%), açúcar
(64,8%), achocolatado (61,7%) e refrigerantes (50,4%). Observou-se também
que dentre os alimentos menos consumidos por mais de 50,0% dos alunos
destacam-se: outros tipos de leites (89,5%), melão (71,4%), ervilha
(66,9%), almeirão (66,2%), cará (59,4%), inhame (58,6%)
e abacate (53,4%). Concluiu-se, portanto, que a reduzida prevalência
de desnutrição e uma prevalência de sobrepeso e obesidade
acima do esperado encontradas neste grupo de estudo, deve-se principalmente
ao aumento do consumo de alimentos ricos em gorduras e açúcares
e ao consumo de refrigerantes em substituição aos sucos
de frutas naturais além da diminuição do consumo
de verduras, legumes e frutas. |
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