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Título:
Avaliação de variedades de cana-de-açúcar
para a produção de cachaça artesanal e a interferência
dos resultados no comportamento do produtor na região de Salinas-MG:
uma contribuição extensionista.
Resumo: No Brasil, não existem
trabalhos de melhoramento visando à obtenção de variedades
de cana destinadas exclusivamente à produção de cachaça.
A seleção é baseada dentro das variedades existentes
para produção de açúcar e álcool, visando
à obtenção daquelas que possam ser utilizadas na
produção de cachaça artesanal. Estudos realizados
mostramm que somente com o manejo de variedades de cana-de-açúcar,
o produtor tem uma economia de até 9,8% no custo de produção
de álcool. O aumento da produtividade agroindustrial pode aumentar
em cerca de 15% somente com um melhor manejo de variedades de cana, resultando
em um aumento de 23% na produção de cana (t.ha-1) e 77%
no teor de sacarose-pol (%) cana. A região de Salinas é
tradicionalmente produtora de cachaça de qualidade, mas a produtividade
agrícola pode ser aumentada pela adoção de novas
tecnologias de adubação, irrigação, escolha
de variedades mais produtivas e manejo varietal. A adoção
destas práticas agrícolas contribuirá para a melhoria
da qualidade de vida do homem do campo e maior sustentabilidade do sistema
produtivo e meio ambiente. O objetivo geral do estudo foi estabelecer
mudanças culturais entre os produtores através da eficácia
da adoção de novas tecnologias, detectando-se as causas
da resistência a mudanças. Na EAF-Salinas foi conduzido um
experimento com a finalidade selecionar entre as variedades de cana-de-açúcar:
SP 80-1842, SP 79-1011, RB 76-5418, RB 72454, JAVA as que apresentam bom
potential para a produção de cachaça artesanal, além
de tornar a EAF-Salinas um pólo difusor de tecnologias, através
de formação de estudantes, de elaboração de
publicações técnicas e eventos como "Dia de
campo", seminários e aplicação de questionários
para produtores rurais. A variedade SP 765418 demonstrou de maneira geral,
o melhor desempenho para todos os parâmetros avaliados, podendo-se
inferir ser esta a variedade mais adaptada à região de Salinas
(MG) devendo ser recomendada para a produção de cachaça
artesanal. Os resultados obtidos revelaram que os agricultores adquiriram
conhecimentos através dos métodos e técnicas empregados
no processo de comunicação rural. |
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