|
Título:
Jogos competitivos ou cooperativos? O papel da educação
física no Colégio Agrícola Senador Carlos de Oliveira/SC
Resumo: Durante muito tempo acreditou-se
que todo tipo de jogo era importante para promover cooperação,
integração e união das pessoas. Hoje ainda é
bastante comum encontrar nas escolas projetos descritos com a famosa frase
"através desses jogos pretendemos promover integração
entre nossos alunos". Uma vez aprovado, a direção reúne
os professores para organizar jogos com disputa acirrada entre as séries.
Atitudes como estas também occorem diariamente diariamente nas
aulas de educação física escolar ofuscada pelo discurso
da necessidade da competição para motivar os alunos. Por
meio desta pesquisa realizada entre os alunos do Colégio Agrícola
Senador Carlos Gomes de Oliveira, instituição ligada à
Universidade Federal de Santa Catarina, procuramos identificar de que
forma poderemos trabalhar os jogos para exercitar a cidadania, a ética
e os demais valores indispensáveis na formação do
caráter que promove a integração e a socialização
dos alunos das diferentes turmas da escola. As técnicas apresentadas
evitam que os alunos sejam separados em grupos, duelando entre si para
obter uma "vitória" (maior número de pontos),
incentivados por uma platéia com os mesmos ideais, onde o mais
importante é vencer o outro nâo importando as "armas"
utilizadas. Esta estratégia promove apenas a disseminação
dos ideais propagados pela poder dominante e a elitização
do esporte, deixando de lado pessoas com limitação de desempenho
físico. A valorização excessiva da competição
gera desavenças entre os alunos para serem superadas em situações
futuras. Seguindo a filosofia do amor, propagada pelos jogos cooperativos
poderemos desenvolver atividades que promovam a cooperação
e integração dos alunos das diferentes séries para
superar os desafios propostos. Ao incentivar o trabalho cooperativo deixamos
para um segundo plano as medalhas, troféus e placar final. Enfim,
para seguir esta linha de trabalho, o profissional deverá lembrar
que não existe integração, cooperação
e afetividade num ambiente que valoriza apenas o primeiro colocado, da
mesma forma que os valores presentes nos jogos fazem parte das atitudes
das pessoas no seu convívio diário.
|
|