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Título:
A política de "educação inclusiva" no ensino
técnico-profissional: resultados de um estudo sobre a realidade
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Pernambuco - campus Vitória de Santo Antão.
Resumo: Este trabalho tem como objetivo
apresentar os resultados de uma pesquisa realizada no Campus Vitória
de Santo Antão do Instituto Federal de Pernambuco sobre a inclusão
de alunos com necessidades educacionais especiais nos cursos técnico-profissionalizantes
desta instituição federal de educação profissional.
Também serão discutidos os referenciais teóricos
das políticas nacionais e internacionais sobre "educação
inclusiva" e as políticas presentes nas diretrizes oficiais.
A inclusão educacional é aqui abordada como uma política
que garante que esse acolhimento não seja meramente formal e que
o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições
efetivas de realizar e participar das atividades oferecidas pela instituiçâo
escolar, com o devido suporte, quando necessário. A investigação
foi realizada através de uma pesquisa qualitativa, conforme indicada
por Bogdan & Biklen (1994) e Glat & Pletsch (2008). Foram utilizados
como procedimentos metodológicos para a coleta de dados: 1) a observação
participante (notas de campo); 2) a análise de documentos (legislação,
relatórios dos participantes, atas escolares e também fichas
de alunos, quando necessárias); 3) entrevistas semi- estruturadas
com os sujeitos participantes (gravação em áudio).
O método de interpretação dos dados utilizado seguiu
a proposição de Bardin (1977), conhecida como "análise
de conteúdo". Após a análise dos dados, concluímos
que a inclusâo, na escola pesquisada, de modo geral, tem sido apontada
como positiva e os mecanismos excludentes foram encontrados em menor grau
no aspecto atitudinal em comparação com o aspecto arquitetônico.
Neste último, identificamos no campo pesquisado a falta de condições
de acessibilidade, pois mesmo que seja notável um esforço
por parte da escola, através de situações de adaptação,
essas estão limitadas a uma mobilidade relativa, com a construção
de algumas rampas e banheiros adaptados, mas a autonomia ainda é
comprometida. Os resultados evidenciaram que o processo de escolarização
dos alunos com necessidades educacionais especiais segue muito mais os
pressupostos da integração do que da inclusão escolar.
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