|
Título:
Etnodesenvolvimento e Educação Indígena: Problemas
e Perspectivas para a Implantação do Etnoturismo na Terra
Indígena Raposa Serra do Sol na TIRSS, Região Ingarikó
- WÎI TÎPÎ.
Resumo: O povo Ingarikó habita
a região nordeste do Estado de Roraima na Terra Indígena
Raposa Serra do Sol - TIRSS, região Ingarikó, localizada
numa área de difícil acesso, próximo ao Monte Roraima.
Este trabalho teve como objetivo analisar o nível do etnodesenvolvimento
promovido na TIRSS, na Região Ingarikó – WÎI
TÎPÎ. Trata-se de uma pesquisa-participante do tipo descritiva,
qualitativa. A coleta de dados foi dividida em etapas, na primeira fase
foi feita uma pesquisa bibliográfica, com respaldo do embasamento
teórico nos autores que tratam das questões pertinentes
à presente investigação; na segunda fase, foi realizada
a pesquisa de campo com os indígenas Ingarikó, por meio
da imersão na área, participação em reuniões,
assembleias, entrevistas e observação; na terceira fase
procedeu-se a aplicação de instrumentos para apreender a
percepção dos indígenas sobre suas iniciativas como
protagonistas no processo de autosustentação da comunidade,
como uma possibilidade de etnodesenvolvimento. O material coletado foi
interpretado a partir do marco teórico adotado, onde se utilizou
a análise de conteúdo. Utilizou-se também mapas,
histórias, fotos, danças, comemorações, a
fim de conhecer a vida e a história dos Ingarikó, identificar
os acontecimentos que estão influenciando e modificando seus valores,
principalmente a maneira organizacional nos aspectos sociais e econômicos,
além da intenção de desenvolver a atividade produtiva
do Turismo. Os resultados encontrados apontam que indígenas da
região em estudo encontram dificuldades no que se refere ao controle
do território e no desenvolvimento de atividades promotoras de
geração de renda. A escola já é uma conquista,
mas ainda não atende aos preceitos legais da educação
escolar indígena. Percebeu-se que os indígenas estão
carentes de uma educação profissional capaz de capacitá-los
para serem protagonistas do seu próprio etnodesenvolvimento. Cogitam
o Turismo como uma das possibilidades de desenvolvimento sustentável
e possibilidade de melhoria de vida da população, contudo,
não têm conhecimentos suficientes de autogerir esta atividade
produtiva. |
|