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Título:
A autarquização das Escolas Agrotécnicas Federais
e o processo de
gestão: um estudo de caso
Resumo: Este trabalho foi realizado
nas Escolas Agrotécnicas Federais de Urutaí-GO, Uberaba-
MG e Uberlândia-MG, tendo esta última como referencial, com
o objetivo de analisar o processo de gestão em dois momentos históricos:
antes e após a Lei n° 8.731, de 16 de novembro de 1993, que
as transformou em Autarquias Federais. Iniciado em julho de 2004, esse
trabalho constou de uma abordagem metodológica de estudo de caso,
por meio da aplicação de questionários e entrevistas
com gestores ou ex-gestores, das três instituições
de ensino que, executavam atos de gestão nos dois momentos, com
o intuito de responder ao questionamento básico. O referencial
teórico concentrou-se em duas vertentes: uma sobre o processo da
construção da autonomia no Ensino Profissional, cerne da
pesquisa, e a outra traz à luz o conhecimento sobre a Gestão
no Ensino Profissional, numa retrospectiva histórica desde o Império
até o advento da nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação)
pela Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e suas regulamentações.
A pesquisa apoiou-se no estudo do processo de Gestão do Ensino
Profissional antes e após a autarquização, dentro
dos aspectos: autonomia de gestão administrativa, envolvendo análise
da forma de escolha do dirigente máximo da escola, realização
de concursos públicos, nomeações e sindicâncias
autonomia de gestão orçamentária e financeira, envolvendo
o próprio orçamento e a capacidade do dirigente em urrícul
atos de gestão financeira, como terceirização de
mão-de-obra, compras e investimentos; autonomia de gestão
pedagógica, concentrando-se nas principais decisões na órbita
pedagógica, quais sejam, implantação ou transformação
de cursos, flexibilidade de urrículos, número de alunos,
e certificações e diplomações A transformação
das Escolas Agrotécnicas em Autarquias Federais e, posteriormente
a implantação da nova LDB, tirou delas o estigma de escolas
padronizadas, enquanto submetidas a uma única política e
diretriz financeira e pedagógica, emanada de escalões superiores,
e deu-lhes autonomia limitada do ponto de vista administrativo, ampla
autonomia do ponto de vista pedagógico, e autonomia interna limitada
sob o aspecto orçamentário e financeiro. Em que pese toda
a autonomia de gestão conquistada, ela está subordinada
à vontade do Estado, por conta do teto orç amentário
estabelecido e pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. Em
vista do que foi analisado neste trabalho, concluímos que a transformação
das Escolas Agrotécnicas em Autarquias Federais não hes
proporcionou a autonomia com que sonhavam. |
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